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25.11.10

José e Pilar


Exceptuando o facto ridículo de se legendar tudo o que é dito neste filme, o que inclui o muito que é dito em português, de um modo geral pode-se dizer que o principal mérito de Miguel Gonçalves Mendes é também a sua maior fraqueza: não inventa. Através de uma montagem inteligente mas 'neutra', acompanhamos o dia a dia de Saramago  (o Saramago pós-Pilar, como é dito, daí a justeza do título), as inúmeras solicitações a que tem que corresponder, as viagens, as feiras, a vida de estrela em que o Nobel o tornou, em suma.

E o que vemos é uma pessoa inteligente, pessimista, com um sentido de humor inesperado, ora feroz ora terna, mas sempre interessante.

É suficiente? Eu diria que depende do espectador. Eu gostaria de algo mais. Não digo que estejamos ao nível do 'telefilme de qualidade', mas não estamos muitos degraus acima.

José e Pilar, Portugal/Espanha/Brasil, 2010. Realização: Miguel Gonçalves Mendes. Documentário.

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