O Dr.Freud só se exilou em Londres em 1938, por isso o futuro Rei Eduardo VI, possuidor de traumas vários, cujo sintoma mais embaraçoso era a gaguez, teve que recorrer aos serviços de um terapeuta da fala australiano, Lionel Logue, que nem médico era, para lhe servir de confidente e psicanalista. 'Lionel' trata o snobe monarca por 'Bertie' e, após o devido choque e reticências iniciais deste, obviamente cura-o, e nasce uma grande amizade, e blá, blá, blá.
'O discurso do rei' é, garantidamente, o filme mais aborrecido e previsível que vi em anos. E previsivelmente vai proporcionar um Oscar a Colin Firth por emular um gago na perfeição, engordando ainda mais o rol de galardoados por papeis de deficientes. E uma vez que se segundo dizem os entendidos, está também na linha da frente para levar a estatueta de "melhor filme", está encontrado o 'Rain Man' deste ano.
The King`s Speech, Grã-Bretanha/Austrália/E.U.A., 2010. Realização: Tom Hooper. Com: Colin Firth, Geoffrey Rush, Helena Bonham Carter, Guy Pearce, Jennifer Ehle, Eve Best, Derek Jacobi, Timothy Spall, Anthony Andrews, Claire Bloom.
4 comments:
Meter os gagos no mesmo saco dos deficientes mentais (como a personagem do Dustin Hoffman no 'Rain Man' que sofre de autismo) é no mínimo atroz.
Parece-me que meter o autismo no mesmo saco dos 'deficientes mentais' é que não será muito correcto.
Obviamente a minha ideia era brincar com a predilecção de Hollywood em dar Oscares a papeis deste género (e neste 'género' incluo quer um papel de gago, quer um papel de um 'génio da matemática', por exemplo). Mais nada.
São os papeis de deficientes e de homossexuais, a academia gosta muito disso.
Gostei muito desta crítica, há que acabar com o politicamente correcto.
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