O início de 'A árvore da vida' pareceu-me um '2001' de 2ª categoria. Depois, bom, depois pareceu-me que o filme não tinha personagens de carne e osso. E nem é só Sean Penn , que de facto não existe, são todas as outras, pouco mais que lugares comuns: o pai autoritário que persegue e falha o sonho americano (Brad Pitt sempre com ar de pacóvio), o filho revoltado (e o miúdo é fantástico), a mãe aluada (a muito bela Jessica Chastain). E não é a insistência em pôr banalidades a serem - sempre - sussurradas, com música clássica em fundo, e sobre grandes planos, que dá profundidade à coisa.
'A árvore da vida' pareceu-me alternadamente fastidioso, pedante e irritante. E a parte final, estilo New Age, a que só faltam as pan pipes, pareceu-me mesmo pavorosa (Aronofsky foi crucificado por menos aquando de 'The Fountain', mas Malick tem outro estatuto perante a generalidade da crítica). Definitivamente, este cinema não é para mim.
The Tree of Life, E.U.A., 2011. Realização: Terence Malick. Com: Brad Pitt, Jessica Chastain, Sean Penn, Dalip Singh, Joanna Going, Tye Sheridan.
6 comments:
Pedante é a palavra chave.
É um bom bocado, é.
Ah bom, assim fico mais descansada!
Não me digas que achaste o mesmo ;)
Não consigo entender a loucura à volta do filme e é bom saber que pessoas que percebem do assunto também não gostaram. :-)
Deves estar a falar do 'Homem da Espora de Roseta' :)
Post a Comment