Anders, quase a acabar um programa de reabilitação de toxicodependência na parvónia, vai um dia a Oslo para uma entrevista de emprego e reencontra os seus amigos e, por assim dizer, a vida que deixou para trás.
Há amigos que estão casados e são pais, há outros que levam uma vida boémia, há quem não queira estar com ele (a irmã, a ex-namorada), mas todos parecem (pelo menos ao olhar desencantado de Anders) levar uma vida mais ou menos infeliz e vazia. Logo ao primeiro encontro, um amigo a quem ele gaba a felicidade doméstica, diz-lhe que vai andando, nada mais.
Joachim Trier filma esta geração perdida com melancolia e frieza nórdica e encontrou em Anders Danielsen Lie um actor perfeito. Grande filme.
Oslo, 31. august, Noruega, 2012. Realização: Joachim Trier. Com: Anders Danielsen Lie, Hans Olav Brenner, Ingrid Olava.
12 comments:
Epá, isso agora interessou-me!
Nesse caso vou ver! :)
(Então e não gostaste d'A Cidade de Deus, homem de cristo?!! O Zé Piqueno? eu gostei tanto... )
Saúde! :)
Aquela câmara nervosa da Cidade de Deus não faz o meu género... :)
Ah, nem me lembrava disso! :))
O encontro com o amigo casado, e toda a conversa no parque, é muito bom, mas o filme acumula demasiados encontros e tem um propósito derradeiro que fica claro naquela cena inicial do lago que entra em contradição com o resto. Parece relatar o percurso de alguém que se quer agarrar à vida e no entanto. Bem, e o momento ao piano era completamente escusado. Não sei dizer mais sem estragar a experiência a outros. É um filme adulto sim, mas o Michael Haneke (de que não gosto sempre) secava aquilo mais e melhor.
Gostei da estreia deste realizador. Ainda não vi este, mas as opiniões positivas parecem multiplicar-se :)
O Haneke massacraria o espectador. Eu gostei do lado fantasmático deste.
Falaram-me recentemente, por mais de uma vez, do filme australiano SLEEPING BEAUTY, realizado por uma mulher: Julia Leigh. Ontem deparei-me com a edição DVD, traduzido para BELEZA OBSCURA. Não estava barata nem cara. Se tiveres curiosidade de ver, gostava de saber a tua opinião. A história sugere-me o BELLE DE JOUR. Aguardo que mo emprestem e se for em breve direi aqui alguma coisa.
Por acaso já o vi há uns tempos e confesso que não me impressionou muito. Aliás já nem me lembrava dele...
Não conhecia o Joachim Trier. Vi ambos os filmes ontem: Reprise e Oslo e gostei muito. Estou cansada de filmes que até são bons (argumento, realização, imagem) mas que no fundo não me dizem muito. Este Joachim Trier está já na minha não muito extensa lista de realizadores preferidos.
Obrigada.
Tenho que ver o Reprise...
Gostava muito de ver o filme, mas infelizmente está difícil de estrear pelo norte.
cumprimentos,
cinemaschallenge.com
Há sempre a net...
Post a Comment