Todos sabemos que Nixon nunca foi assassinado, e por este simples facto 'O assassínio de Rixard Nixon' recebe desde já o prémio de melhor título do ano.
Este é um bom filme do qual é fácil dizer mal.
Pode ser acusado de ser mais um filho menor de 'Taxi Driver' (um solitário revoltado com a podridão do mundo que o rodeia e que procura um escape violento) ou de ser uma crítica simplista da sociedade contemporânea (embora se passe nos anos 70, não é difícil extrapolar para o presente - Samuel Bicke/Sean Penn planeia desviar um avião para o fazer explodir contra a Casa Branca...o que é que isto nos faz lembrar?).
Mas o que eu vi, acima de tudo, foi o retrato de um homem a caminho do desespero: um homem angustiado a telefonar à ex-mulher que não vai recuperar mais, a ter que engolir sapos no emprego, a querer ser honesto e a não conseguir, a ditar os seus monólogos revoltados para um gravador afim de os enviar para o seu ídolo Leonard Bernstein, prova irreversível da sua alienação.
Fazer-me sentir tudo isto, envolver-me no ambiente paranóico em que em que este homem vivia, não é tarefa de somenos por parte do realizador, o estreante Niels Mueller, e por isso este filme, que apesar do tema ‘pesado’ consegue ser despretensioso, merece a minha simpatia.
Mas o que eu vi, acima de tudo, foi o retrato de um homem a caminho do desespero: um homem angustiado a telefonar à ex-mulher que não vai recuperar mais, a ter que engolir sapos no emprego, a querer ser honesto e a não conseguir, a ditar os seus monólogos revoltados para um gravador afim de os enviar para o seu ídolo Leonard Bernstein, prova irreversível da sua alienação.
Fazer-me sentir tudo isto, envolver-me no ambiente paranóico em que em que este homem vivia, não é tarefa de somenos por parte do realizador, o estreante Niels Mueller, e por isso este filme, que apesar do tema ‘pesado’ consegue ser despretensioso, merece a minha simpatia.
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