The Woodsman apesar de uma passagem discreta pelas salas, teve regra geral boas críticas.Elogiaram a emoção contida de Kevin Bacon no papel de Walter, o minimalismo da narrativa, a química entre Bacon e a sua esposa Kyra Sedgwick que contracena com ele. O filme tem de facto esses atributos, é inegável também que Bacon consegue em todos os filmes em que participa criar empatia com o espectador. O realizador terá tido isso em conta quando deu a Bacon um papel complicado, em primeira análise repulsivo, e em que essa empatia é absolutamente necessária para nos dispor a conhecer mais sobre a mente de um pedófilo.
O problema é que The Woodsman é um filme plástico, pouco honesto. Nunca chegamos a saber exactamente porque é que Walter passou os últimos doze anos na prisão. Depois à boa maneira Americana do "fumei mas não inalei", Walter é apresentado como um homem consciente da sua anormalidade, consumido pela culpa, mas que nunca "fez mal às suas vítimas". As tentativas de Bacon para transmitir o inferno que vai na cabeça de Walter, e a luta que ele trava para dominar os seus instintos básicos não convencem. Todas as personagens secundárias com excepção de um brilhante Mos Def na pele do polícia que vigia Walter são tipificadas e caracterizadas como pedófilos em potência ou vítimas de abusos. O filme não sabe para onde ir e vai avançando à base de coincidências: a maria-rapaz que trabalha na mesma serração de Walter e que teve uma história de vítima de abuso, o pedófilo que tenta aliciar as crianças na escola em frente à casa de Walter, a menina que Walter segue e que provoca a revelação da sua monstruosidade e o coloca no caminho certo. Só falta a cena em que numa reunião de pedófilos anónimos diria: Olá eu sou o Walter e já não molesto nenhuma criança há um mês. Haveria alguém a bater palmas?
1 comments:
acabei de ver esse filme..
sou fan de kevin bacon..
gostei da atuação dele..o filme q foi mal elaborado..rs
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