Não colocaria um post acerca de Elizabethtown não fora o alerta de Harry Madox acerca das críticas dissonantes que o filme teve aquando da estreia. Como já devem ter calculado Elizabethtown não me entusiasmou. O protagonista é um jovem executivo de um empresa de calçado desportivo que cai em desgraça depois do fracasso planetário de um novo modelo de sapatilhas que iria revolucionar o modo de caminhar. Belo começo e credível também! Como se não bastasse o presidente da empresa é um dos 34 boçais irmãos Baldwin. O jovem prepara-se para cometer suícidio - e essa seria a sorte do espectador - quando é interrompido por uma notícia que vai dar início à redefinição das suas prioridades. Vendo o filme não se percebe a utilidade deste prólogo no desenrolar da acção. O filme ganharia bastante se os primeiros 20 minutos fossem simplesmente cortados. Segue-se uma comédia romântica competente com alguns bons momentos dados principalmente por Susan Sarandon (a mãe do Jovem) em grande forma. Paradigmática das relações actuais é a longa conversa ao telemóvel entre o par romântico que se prolonga enquanto os dois conduzem durante o nascer do sol e que se adivinharia terminar num clímax com o encontro físico. A magia termina com o desligar de um botão e o filme vai-se arrastando até um final previsível. Ainda assim Elizabethtown é um filme pipoca um pouco acima da média. Recomenda-se a românticos incuráveis.
Elizabethtown, E.U.A., 2005. Realização: Cameron Crowe. Com: Orlando Bloom, Kirsten Dunst, Susan Sarandon, Alec Baldwin.
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