Em ‘Casino Royale’ James Bond puxa mais do gatilho do que diz piadas assassinas, apanha mais no corpinho do que nos outros filmes todos juntos, corre, corre e torna a correr atrás de vilões mas rebola-se pouco com Bond girls , esfalfa-se todo e passa o filme com a cara arranhada e o corpo feito num oito. Para cúmulo chega a pôr de lado o seu proverbial cinismo e, imagine-se, apaixona-se (na realidade como este é supostamente o ‘primeiro episódio’, o cinismo veio daqui – da tampa que apanha).
Daí até ‘refundar o género’, ‘ganhar uma espessura que nunca teve’, e outras loas que tem recebido vai um passo de gigante. Se ganhou numas coisas, perdeu noutras (eu gostava das piadas assassinas e do cinismo). Casino Royale é um 007 competente e um filme de acção regular, não mais. Já agora, Daniel Craig está muito bem neste estilo musculado e, quanto mais não fosse, valia a pena ver o filme só por causa de Eva Green. Esta sim, tem entrada directa no top das mais belas Bond Girls.
Casino Royale, Grã-Bretanha/República Checa/Alemanha/E.U.A, 2006. Realização: Martin Campbell. Com: Daniel Craig, Eva Green, Mads Mikkelsen, Judi Dench, Jeffrey Wright, Giancarlo Giannini, Caterina Murino, Simon Abkarian, Jesper Christensen.
2 comments:
Ora nem mais. Tirando a Eva Green - verdadeiro toque de classe em mais um blockbuster -, o novo 007, não passa de mais um filme de acção. Isto apesar de estarmos perante um filme manifestamente mais despido de efeitos especiais e afins. E podia ter saído algo bem melhor. É o que dá encomendarem filmes a tarefeiros. Acho eu.
E a Eva Green também já tinha feito muito pel'"Os Sonhadores"...
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