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24.11.09

Ou Morro ou Fico Melhor



















O pai de Martial abandonou o lar para ir viver com uma mulher muito zen. A mãe preocupa-se com ele, mas acima de tudo com ela própria e com o seu romance com um homem que conheceu num bar.

Martial tem 16 anos e tem que se adaptar a uma nova escola e a uma nova vida e nada disso lhe agrada. Uma loirinha engraça com ele, mas ele é que não lhe liga nenhuma. Apenas as fantásticas gémeas Colette e Ernestine despertam o seu interesse. Andam sempre juntas, não ligam a ninguém e parecem saídas de um filme mudo. Aliás, durante metade do filme, uma delas só segreda ao ouvido da outra, que é por assim dizer a porta-voz do dueto.

Elas vão envolvendo Martial no seu mundo, nomeadamente no seu hobby que é penetrarem em casas de estranhos. Este sente-se desconcertado com o seu comportamento, mas ao mesmo tempo fascinado. Ou morre ou fica melhor.

Durante meio filme, esta nova obra (de 2008) de Laurence Ferreira Barbosa é uma muito divertida comédia sobre a adolescência, mas também sobre o mundo moderno, sobre as famílias disfuncionais. Depois engonha um bocado, normaliza-se - e nem vou repisar no lugar-comum que associa (filmes) franceses e sexo - e acaba de uma forma um bocado chocha. Mas, tal como para Martial, se o final não é brilhante, a experiência do que passamos vale a pena.

Talvez seja por ver(mos)  tantos filmes americanos, mas a verdade é que mesmo um filme 'corrente' francês como este me traz sempre um sabor diferente. Não saio de lá a pensar que vi mais do mesmo.

Soit je meurs, soit je vais mieux, França, 2008. Realização: Laurence Ferreira Barbosa. Com: Florence Thomassin, François Civil, Marine Barbosa, Carine Barbosa, Thomas Cerisola, Valérie Lang, Emile Berling.

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