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17.4.10

Thirst — Este é o Meu Sangue...


Um padre submete-se a uma nova vacina e, ao contrário dos anteriores cinquenta pacientes, sobrevive-lhe, o que leva os crentes a tomá-lo por um Santo. Mas algo correu mal e, na realidade, ele transformou-se num vampiro. Entretanto envolve-se com uma mulher (casada, cansada), a quem pretende salvar, e o filme trata desse romance atribulado.

'Thirst — Este é o Meu Sangue...' (por uma vez, o tradutor português nem se saiu mal com o titulo...) é, como todos os filmes do coreano Park Chan-wook, um objecto estranho. Este pega num argumento tipo 'série B' e filma-o como um 'filme de autor'. É como se tivessem dado a Wong Kar Wai um argumento destinado a Takeshi Miike. Não exagero: Park filma mesmo muito bem.

Escusado será dizer que, sendo um filme de vampiros, não tem nada a ver com 'Crepúsculos' nem sequer com sanguinolências à Fantasporto (embora haja muito sangue e tenha passado no Fantasporto). É uma história de amor - ou o que queiramos chamar àquela relação - filmada em tom melancólico, com um erotismo culpado e uma violência interiorizada que explode de vez em quando. E que termina  de uma forma espantosa - entre o risível e o dementemente romântico.

Bakjwi / 박쥐 (Thirst), Coreia do Sul/E.U.A, 2009. Realização: Park Chan-wook. Com: Song Kang-ho, Kim Ok-bin, Shin Ha-kyun, Kim Hae-sook, Eriq Ebouaney.

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