Há filmes que nos agarram desde o início. E há outros em que se passa o contrário. Não obstante as minhas elevadas expectativas, ao fim de 5 minutos eu já sentira que este não seria um dos 'meus' filmes. E não foi, e nem sei bem porquê. Tem duas fantásticas actrizes (as avozinhas, ou 'lolas') e atrás da câmara está um verdadeiro cineasta, com um olhar próprio, que nos dá um retrato impressivo de uma Manila pobre, alagada, injusta, em que cada um faz o que pode para se safar. Mas se admirei tudo isto, a verdade é que a maior parte do tempo não criei empatia com o filme. Talvez porque o cineasta force a nota em duas ou três cenas (estou-me a lembrar daquela em que uma das avós não consegue encontrar uma casa de banho); talvez porque o final me pareça mal explicado; ou talvez seja de mim. Há filmes assim: uma pessoa gostava de gostar mais deles.
Lola, França/Filipinas, 2009. Realização: Brillante Mendoza. Com: Anita Linda, Rustica Carpio, Tanya Gomez, Jhong Hilario, Ketchup Eusebio.
12 comments:
Já eu gostei e muito.
Não vi ainda este. Vi o Serbis, que apreciei, não obstante uma cena nojenta com um furúnculo que explode; comprei o Kinatay e arrependi-me - é interessante, mas não tenho paciência para este tipo de «filmes-denúncia», que são quase sempre um aborrecimento tremendo. O das avozinhas não vi, mas hei-de ver, carambas.
Eu também temho alguns problemas com «filmes-denúncia»...
ahah a cena do furúnculo!
estou a ver que tenho que ver o Serbis...
Sim, e passa à frente a cena do furúnculo. Não te esqueças.
O melhor é mesmo o Kinatay e depois este. O Serbis é engraçado mas não passa daí. Ah e o Serbis é filme-denúncia na mesma.
Vai pelo Álvaro Martins, que quem percebe de cinema aqui é ele.
Ora aí está um bom exemplo do que eu chamo de comentário desnecessário.
Vejo que o Álvaro Martins também percebe de comentários. Sendo assim, vou por ele, e concordo!
Então, meninos! Eu vou ambos e depois venho cá dizer quem tinha razão, ok? ;)
verei ambos
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