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10.1.11

O preço da traição


Catherine (Julianne Moore) desconfia que o marido (Liam Neeson) a traiu e resolve testá-lo contratando Chloe (Amanda 'Mamma Mia!' Seyfried),  uma call girl, para o seduzir. Mas Chloe não é pessoa para ser facilmente dominada e rapidamente Catherine se vê involvida num jogo de sedução e manipulações que a ultrapassa.

Egoyan filma uma mulher desorientada e em crise, que se sente fragilizada e sem confiança, apesar do mundo elegante e endinheirado em que vive (e o filme capta muito bem este sofisticado ambiente da alta burguesia americana, que vive em casas de arquitecto e conduz Mercedes descapotáveis).

Moore está bem como sempre (apesar de – um pouco à semelhança de Isabelle Huppert - estar a abusar de papeis de mulheres desiquilibradas), mas Amanda Seyfried, não obstante os seus admiráveis atributos fisícos, não faz esquecer a Emmanuelle Béart do filme em que este se baseia (‘Nathalie’, de Anne Fontaine).

Quanto a Egoyan, realizador de alguns dos retratos mais gélidos da solidão e desamparo deste mundo ( ‘Exótica’, ‘O futuro radioso’, ‘A viagem de Felicia’), podemos dizer que, embora o filme demore a arrancar e não atinja o nível das suas melhores obras, regressa em boa forma à nossas salas (embora com 2 anos de atraso!) depois do algo desconsolador 'Onde Está a Verdade?', de há já 5 anos.

Chloe, E.U.A./Canadá/França, 2009. Realização: Atom Egoyan. Com: Julianne Moore, Liam Neeson, Amanda Seyfried, Max Thieriot, R.H. Thomson.

2 comments:

spring said...

Mais uma vez Julianne Moore oferece-nos uma interpretação de luxo, ao mesmo tempo que Atom Egoyan revela todo o seu saber nesta película, revelando-se um autor a continuar a seguir.
Cumprimentos cinéfilos
Rui Luís Lima

Unknown said...

De acordo.

Cumprimentos cinéfilos para o Paixões e Desejos.