Não sou a pessoa mais indicada para escrever acerca deste filme/documentário.
Só tenho 3 recordações da minha escola primária, e são todas penosas:
- Apanhar uma reguada no primeiro dia de aulas por ter denunciado uma colega que estava a comer cerejas.
- Marcar um auto golo na única vez em que fui escolhido para a equipa de futebol.
- Levar na cabeça com a vara que o meu professor usava, quando o meu colega da frente se baixou, para não apanhar o correctivo que lhe era destinado.
Ser e Ter ganhou o Prémio Louis Delluc 2002 (para o melhor filme francês do ano), e foi um enorme sucesso de bilheteira. É um documentário em roda livre sobre a vivência dos alunos e do professor de uma pequena escola primária numa zona rural. Um aspecto que o diferencia é o de não querer defender um qualquer ponto de vista, mas o de mostrar as pequenas dificuldades, as angústias, os progressos, o processo de construção da personalidade, e principalmente a intimidade e a relação de respeito e confiança que se estabelece entre alunos e professor.
A câmara actua de forma quase invisível, a montagem é muito simples, limitando-se a sequenciar as cenas sem qualquer preocupação de ritmo ou de explorar emoções, e o tom de documentário só se nota numa pequena entrevista ao professor.
Só tenho 3 recordações da minha escola primária, e são todas penosas:
- Apanhar uma reguada no primeiro dia de aulas por ter denunciado uma colega que estava a comer cerejas.
- Marcar um auto golo na única vez em que fui escolhido para a equipa de futebol.
- Levar na cabeça com a vara que o meu professor usava, quando o meu colega da frente se baixou, para não apanhar o correctivo que lhe era destinado.
Ser e Ter ganhou o Prémio Louis Delluc 2002 (para o melhor filme francês do ano), e foi um enorme sucesso de bilheteira. É um documentário em roda livre sobre a vivência dos alunos e do professor de uma pequena escola primária numa zona rural. Um aspecto que o diferencia é o de não querer defender um qualquer ponto de vista, mas o de mostrar as pequenas dificuldades, as angústias, os progressos, o processo de construção da personalidade, e principalmente a intimidade e a relação de respeito e confiança que se estabelece entre alunos e professor.
A câmara actua de forma quase invisível, a montagem é muito simples, limitando-se a sequenciar as cenas sem qualquer preocupação de ritmo ou de explorar emoções, e o tom de documentário só se nota numa pequena entrevista ao professor.
Esse efeito de “desformatar” as expectativas de quem vê cinema é a meu ver o seu maior mérito.
0 comments:
Post a Comment