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13.1.06

Sophie Scholl: Os últimos dias



O cinema alemão começou desde a queda do muro de Berlim a fazer contas com o período nazi da forma mais objectiva e neutral possível.
Este filme mostra um lado pouco conhecido da II Guerra Mundial: A existência de grupos de resistência interna, que tentavam através da distribuição clandestina de panfletos passar informações alegadamente pouco conhecidas do povo Alemão, como a existência de campos de concentração, o exterminio em massa de judeus, ou o número de mortes na frente da batalha e apelavam para o fim da guerra.
Sophie Scholl foi uma estudante universitária membro do grupo de resistência Weisse Rose (Rosa Branca) que foi julgada e condenada á morte juntamente com o irmão. O interrogatório do agente da Gestapo a Sophie prolonga-se durante quase todo o filme. Sophie é uma personagem complexa: tem uma convicção forte e serena dos ideais que defende mas alguma ingenuidade acerca dos riscos que corre e dos efeitos que o seu tipo de luta poderiam alcançar.
Como objecto documental o filme é interessante, mostrando o protocolo de interrogatório e de julgamento mas falha na manutenção da tensão com alguns diálogos redundantes, situações estereotipadas e alguns personagens demasiado lineares.
Sophie Scholl - Die letzten Tage, Alemanha, 2005. Realização: Marc Rothemund. Com: Julia Jentsch, Fabian Hinrichs, Gerald Alexander Held, Johanna Gastdorf, André Hennicke.

1 comments:

atomo! said...

Deixa algo a desejar, mas pelo menos temos o previlégio de poder assistir cada vez mais a 'novo cinema' alemão que lida com algo que sempre foi conscientemente evitado.

Faço votos para ainda aparecer um 'valente' filme alemão sobre o Nazismo este ano.