Numa analogia bastante óbvia e escusada, às tantas o vilão-mor diz a John McClane que ele é um velho Timex numa era digital. Pegando nela, podemos dizer que neste filme o que é analógico funciona bem, o que é digital é bastante pífio. Ou seja, as parte com o bom e velho Bruce à pancadaria e aos tiros são bastante competentes (como os 10 minutos iniciais) ou até francamente boas (como a cena em ele que diz à vilã asiática que chega de kung fus e lhe dá uma tareia à moda antiga, usando a força bruta e até arrancando-lhe cabelos); as partes dos hackers, dos ataques informáticos, das perseguições com aviões e não sei que mais, a la playstation, são assim um bocado para o palerma. O humor também não prima pela subtileza, e ainda há espaço para umas lamechices com a filha do homem. Mas McLane/Willis aos cinquenta e tais ainda é o único action heroe decente que anda por aí - sempre igual a si próprio - e resiste a isto tudo e sai com a dignidade intacta. Grande homem!
Die Hard 4.0, E.U.A., 2007. Realização: Len Wiseman. Com: Bruce Willis, Timothy Olyphant, Maggie Q, Justin Long, Elizabeth Winstead.
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