Um filme que é tão ostentoso quanto vazio.
Há dois adjectivos que me ocorrem sobre este filme: desnecessário e enfastiante. É um enorme desperdício: de meios (que não devem ter sido poucos, dado o vistoso aparato da coisa), de actores (Cate Blanchett e Clive Owen desde logo, para não falar de Samantha Morton que aparece umas 3 vezes antes de ser decapitada) e, principalmente, do tempo dos espectadores (são quase 2 horas que parecem o dobro). E nem falo sobre a veracidade histórica, que parece que deixa muito a desejar, pois nem tenho competência para me pronunciar, nem seria isso que me impediria de apreciar o filme, caso este tivesse algo mais de relevante para dar ao espectador. Mas infelizmente não tem. As personagens são de papelão (e nem falo dos Espanhóis, que parece que declamam em vez de falar), a banda sonora é pomposa e estridente, a realização académica, o argumento indigente. O embrulho é de luxo, mas o conteúdo é um bocejo.
Mais uma vez se verifica a regra que dita que nestas coisas de sequelas é sempre a descer. E ainda vem aí uma terceira parte...
Mais uma vez se verifica a regra que dita que nestas coisas de sequelas é sempre a descer. E ainda vem aí uma terceira parte...
Elizabeth: The Golden Age, Grã-Bretanha/França, 2007. Realização: Shekhar Kapur. Com: Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Clive Owen, Abbie Cornish, Rhys Ifans, Samantha Morton, Jordi Mollà, Tom Hollander.
2 comments:
Não vi ainda o filme mas quando dizes "E nem falo sobre a veracidade histórica, que parece que deixa muito a desejar, pois nem tenho competência para me pronunciar, nem seria isso que me impediria de apreciar o filme, caso este tivesse algo mais de relevante para dar ao espectador." concordo contigo, porque afinal de contas filmes históricos servem muitas vezes como maneira de alargar a nossa cultura geral, bem como qualquer género de filme na verdade. Já antes de ler a crítica algo me estava a fazer recuar na decisão de o ir ver numa sala de cinema, agora espero mesmo pelo DVD.
Bom cantinho, este! :)
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