Pela primeira vez em largos meses liguei a TV sem ser para servir de apêndice do leitor de dvd ou do PC. Objectivo: ver um documentário no canal 2 sobre Jean Seberg, actriz que há muito me fascina. O documentário era vulgar, mas a vida de Jean Seberg não o foi certamente.
Nasceu a 13 de Novembro de 1938 em Marshalltown, uma terriola no Iowa, na América profunda e WASP, berço de John Wayne e Ronald Reagan. Nunca foi uma All American Girl: aos 14 anos, em pleno feudo conservador, inscreveu-se numa associação que defendia as minorias e, pior, segundo confidenciou um antigo colega de escola, lia livros. Não admira que só lhe passasse pela cabeça fugir dali. O meio mais fácil? Ser actriz.
Era com o que sonhava na adolescência e o sonho tornou-se realidade duma forma incrível, parecendo a verdadeira encarnação do sonho americano: com apenas 18 anos, sendo uma completa desconhecida da província, foi escolhida por Otto Preminger entre 18.000 candidatas para ser Joana D’Arc em ‘Saint Joan’, filme baseado na peça de George Bernard Shaw. Esta escolha espantosa focou logo todos os holofotes sobre ela, mas para seu grande desgosto o filme foi um fracasso, e ao que consta ficou aterrorizada com o autoritarismo do realizador. Por obrigações contratuais, no entanto, rodou novo filme com Preminger, ‘Bonjour tristesse’, baseado na novela de Françoise Sagan: o filme foi outro fracasso e Seberg foi arrasada pela crítica.
2/3; 3/3
2/3; 3/3
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