Casou-se então pela primeira vez e foi viver para França. E acontece que nem todos os críticos da altura eram cegos, e houve um que a defendeu sempre: chamava-se François Truffaut e por essa altura, 1959, estava a escrever com o seu amigo Jean-Luc Godard o argumento do primeiro filme deste: ‘O acossado’. Seberg foi convocada para contracenar com Jean-Paul Belmondo e o resultado foi mais que uma ressurreição: foi a entrada directa para o panteão cinematográfico. A sua figura belíssima e arrapazada tornou-se icónica e Seberg um símbolo da Nouvelle Vague.
Infelizmente, a seguir não soube ou não conseguiu fugir do estereótipo, e os franceses só lhe deram papéis em filmes menores que exploravam a marca que Godard criara. Até que em 1964, Robert Rossen (que morreria pouco depois), a chamou a Hollywood para contracenar com Warren Beatty num dos filmes maiores da história do cinema: ‘Lilith e o seu destino’, onde tem uma interpretação espantosa no papel da esquizofrénica Lilith, e que Seberg confessaria ser o seu filme preferido de todos os que fez, porventura por tanto se identificar com a sua personagem. Nunca mais teria um papel nem um realizador à sua altura.
3/3
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