Um dos momentos mais fortes que fica da 16ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Vila do Conde, que ontem terminou, é a homenagem prestada na passada 5ª feira a Manoel de Oliveira, o 'padrinho' do festival, como foi apresentado pelos organizadores.
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obrigado à Marta pelas fotos
Foi exibido um curto excerto de uma conversa gravada há alguns anos, no festival, entre Oliveira e Aleksandr Sokurov.
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Infelizmente, uma tradutora algo titubeante e um Sokurov nitidamente desconcertado com o que Oliveira lhe dizia ('o mais importante é seguir as leis'), impediu que houvesse grande comunicação entre os dois realizadores. Ou então o excerto escolhido para esta homenagem não foi o mais conseguido...
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Seguidamente Oliveira foi convidado a subir ao palanque: ignorou as escadas de acesso e saltou literalmente para o palco, dando a primeira prova da sua extraordinária vitalidade no ano em que completará o seu centenário.
Nas breves palavras que dirigiu ao público mostrou uma vez mais a sua jovialidade e magnífico sentido de humor, prometendo, perante um desafio dos organizadores, que para o ano será apresentada aqui a sua conversa com José Régio (natural de Vila de Conde), cuja fita se encontra mais ou menos abandonada há décadas. 'A questão é só saber se não bato a bota até lá'.
Para terminar foi projectado o seu muito divertido segmento d0 filme colectivo Chacun Son Cinéma, uma curta-metragem muda, narrando um breve encontro entre Krutschev (Michele Piccoli) e o Papa João XXIII (João Bénard da Costa!).
Um grande momento.
1 comments:
Genial, belas fotografias. O Mestre, O Mestre.
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