Acredito que o livro homónimo de Zoë Heller em que 'Diários de um escândalo' se baseia seja bom. A história sobre a relação entre uma velha e altiva professora a quem a solidão e uma sexualidade reprimida tornaram mesquinha, possessiva e alienada e uma colega mais jovem que tem um caso superficial com um aluno adolescente, é um pau de dois bicos: tem óbvio potencial dramático, mas requer pinças no modo como é tratada.
Nas mãos do realizador Richard Eyre não funciona certamente. Tudo se passa demasiadamente depressa (e não falo da misericordiosa duração do filme - 1h30), tudo é simplificado, tudo fica pela rama. O argumento parece que foi cozido a partir de recortes de um jornal sensacionalista - é histérico, banal, superficial. E a realização, dentro do melhor estilo telefilme desenxabido, apenas confirma a falta de ideias geral.
O filme nem chega a ser patético, um risco que o enredo sugeria. É apenas mauzinho.
Notes on a Scandal, Grã-Bretanha, 2006. Realização: Richard Eyre. Com: Judi Dench, Cate Blanchett, Bill Nighy, Andrew Simpson, Philip Davis.
7 comments:
Depois de ter terminado com o "Postaias da Novalis" a 5 de Fevereiro, para me dedicar mais à astrologia, tenho aproveitado este tempo para desenvolver mais os conceitos evolutivos dos signos do zodíaco, como base elementar desta nossa reencarnação.
Aqui fica o convite para conhecer melhor o signo onde está o seu sol de nascimento, podendo também copiar o dos seus familiares e amigos.
Copie-os para o word, para melhor poder reflectir sobre o signo mais importante do seu zodíaco.
Agradeço comentários no sentido de melhorar os textos, aprofundando-os.
Um abraço,
António Rosa
Nem as actrizes tornam a coisa visível?
As actrizes são excelentes, claro. Mas não basta.
Concordo com a apreciação. Interpretação superior das actrizes ... mas pouco mais. A curta duração do filme é, de facto, uma benção! :-)
Acho que é a primeira crítica negativa que vejo do filme. Agora é que fiquei memso curiosa para ir vê-lo :P
não concordo nada, nada, nada.
talvez que para si o estrondo de ver bem representar não seja suficiente para sustentar um belíssimo argumento com geniais diálogos e monólogos.
para mim, é.
e qual telefilme, pelo amor de deus: o que o realizador quer, e consegue, é não atrapalhar o mais importante da história, que se passa exclusivamente no foro psicológico da cabeça de duas mulheres que jogam um jogo perverso e perigoso - e por isso se anula, o realizador, de possíveis rodriguinhos que nos afastassem a concentração do mais essencial do filme.
ie: na minha opinião, claro. :-)
Eu apenas senti o potencial de tudo isso, não a sua concretização.
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