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7.2.10
Tudo Pode Dar Certo
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Unknown
Depois de 4 filmes na Europa, onde se incluem uma obra-prima (Match Point) e uma quase-obra-prima (Vicky Cristina Barcelona), Woody Allen voltou à sua Nova Iorque e aos seus intelectuais.
A diferença é, que em vez do típico intelectual burguês e bem instalado, interpretado por Woody Allen ou por um seu avatar, aqui temos uma espécie de Big Lebowski niilista dos intelectuais, que se passeia de calções e roupão enquanto destila o seu pessimismo, desprezo e ódio pela humanidade. E - maior interesse do filme - Boris, é esse o seu nome, é interpretado pelo grande Larry David. E, claro, a personagem tem tantas das idiossincrasias de Larry (ou da sua persona), desde logo o aguçadíssimo lado politicamente incorrecto. O que é aqui de Woody (que escreveu o argumento) e o que é de Larry não se distingue muito bem, e este é sem dúvida o lado que agarra o espectador, principalmente o que for fã dos dois.
Porque, de resto, o argumento é daqueles que Woody Allen escreve com uma perna atrás das costas e não prima lá muito pela originalidade (eu já estou um bocado farto das histórias em que o resmungão está no seu canto a dizer mal de tudo o que mexe e a clamar que o deixem em paz, enquanto lhe caem no colo belas mulheres a quererem-no resgatar para a vida - por mais irónico que isto possa ser apresentado).
Evidentemente que nos tempos que correm um Woody a meio gás (ou até a um quarto de gás) não é nada que se possa desprezar mas, como um filme também é feito das expectativas que criamos, este deixou-me um leve mas persistente travo de desilusão.
Whatever Works, E.U.A./França, 2009. Realização: Woody Allen. Com: Larry David, Evan Rachel Wood, Patricia Clarkson, Michael McKean, Conleth Hill, Ed Begley Jr..
4 comments:
-Eu vi o abismo.
-Vemos outra coisa.
Hehe, como em todos os filmes do Woody tem uns gags geniais pelo meio.
Eu cá chorei a rir!
Como eu disse, tem uns gags geniais... mas já me diverti mais noutros filmes do Woody Allen.
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