Fiquei algo estupefacto com um texto de João Lopes no
Cinema 2000, em que a propósito do inócuo 'A Origem' declarava, nem mais, que "o futuro já começou"! Por isso li com prazer
este texto de Luís Miguel Oliveira. Parece-me que é cada vez mais necessário reafirmar certas coisas 'básicas', como:
Que o cinema tem certamente uma história tecnológica mas não se reduz a ela nem a uma sucessão de “marcos” progressivamente “superados”, e que, antes pelo contrário, o que interessa nele são os objectos únicos, que por o serem resistem à camisa de forças da “evolução” e excluem a necessidade, ou a possibilidade, de serem “superados”? Como explicar, em suma, que qualquer random Griffith dos anos dez permanece… “insuperado”?
2 comments:
Acontece a mesma coisa com a tragédia grega. Parece que já está tudo (o que importa) lá.
Quanto ao João Lopes, adoro lê-lo. É inteligente, lúcido, culto, chato, parvo, tudo no mesmo saco. Cada texto dele é uma aventura.
Tem aquela ligeira obsessão pelas ‘novas tecnologias’…
Post a Comment