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3.3.11

Rabbit Hole


Passaram 8 meses desde que Becca e Howie perderam o filho de 4 anos, atropelado, e ainda não conseguem lidar com o facto. Ele persiste em ver vídeos do filho no telemóvel, quer permanecer numa associação de apoio, quer tentar outro filho. Ela tem mais dificuldade em exteriorizar a dor e está como que bloqueada. Escusado será dizer que o casamento não vai bem.

John Cameron Michell, agora num registo ('formal', que não temático) totalmente antagónico de Shortbus, filma com sensibilidade e talento esta história, excelentemente adaptada por David Lindsay-Abaire da sua peça vencedora de um Pulitzer, e luminosamente fotografada por Frank G. Demarco. Mas o que verdadeiramente eleva o filme é a magnífica interpretação de Nicole Kidman, a mãe severamente magoada por uma perda irreparável e inexprimivel, mas que ainda assim vai mantendo o sentido de humor e a força, e nos transmite uma personalidade dorida mas cativante.

Kidman, à beira dos 44 anos, continua belíssima, e não obstante ter perdido o Óscar para a inevitável Natalie Portman, mostra uma vez mais porque é uma das grandes actrizes da sua geração. Eis um filme que valia a pena estrear por cá.

Rabbit Hole, E.U.A., 2010. Realização:John Cameron Mitchell. Com: Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Dianne Wiest, Tammy Blanchard, Sandra Oh, Sandra Oh, Miles Teller.

2 comments:

Ana said...

Não vai estrear?

Unknown said...

Pelo menos aqui não está indicado... e se não estreou 'à boleia' dos Oscares...