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22.11.11

A pele onde eu vivo


Um 'cientista louco' à 'Les yeux sans visage', uma vingança à Chan-wook Park e um final melodramático... eis muito resumidamente o último Almodóvar.

As duas primeiras sentenças não batem bem com o realizador espanhol? Pois no filme as coisas também não batem lá muito bem. Acima de tudo, parece-me que a maior crítica que se pode fazer a 'A pele onde eu vivo' é - passe o trocadilho - que é um bocado descosido. As coisas parecem não encaixar totalmente, há muitas pontas soltas (como a aparição do bizarro 'Zeca' que não dá em nada), e nunca se percebe totalmente o que Almodóvar pretende com este filme.

Dizer que é estranho (no sentido em que se pode dizer que os últimos filmes de Coppola são estranhos) não explica a coisa. Parece-me mais que é um passo em falso do espanhol, que tentou fugir (embora não tanto como possa parecer) ao seu universo habitual e só não se espetou completamente dado o seu enorme talento como realizador. Porque este argumento...

La piel Que habito, Espanha, 2011. Realização: Pedro Almodóvar. Com: Antonio Banderas, Elena Anaya, Marisa Paredes, Jan Cornet, Roberto Álamo.

5 comments:

Anonymous said...

Pronto, não resisto:

http://tolice.blogspot.com/2011/11/oh-que-caneco.html

(Psst! A "intelligentzia" não és tu, que o Madox é um tipo fixe!)

:)

Unknown said...

:)

Eu também acho que ele filma bestialmente bem, etc.

Mas depois de aparecer o Zeca não consegui levar mais aquilo a sério.

Lia Ferreira said...

Ahahah! Pois, compreendo-te. Eu, depois, felizmente, esqueci-me! :)

(sou eu na mesma, asssino já com o ID Google, está bem?)

Lia Ferreira said...

(e com três esses :P)

Unknown said...

Eu até li 'assassino com o ID Google'!

:P)