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1.1.12

O Deus da carnificina


Gostei mais do magnífico quarteto de actores - destaco Jodie Foster - e da impecável realização de Polanski (nunca me pareceu estar a ver teatro filmado) do que propriamente do argumento do realizador e de Yasmina Reza, baseado numa peça desta, que não obstante a sua inteligência e mordacidade me pareceu várias vezes forçado. Que basta um pouco de stress para o verniz civilizacional da pessoa mais insuspeita estalar é uma constatação óbvia, e às tantas dei por mim a pensar, a meio do filme, que já estava tudo dito e só faltaria acumular mais umas quantas situações, tantas quantas aos argumentistas aprouvesse.

Uma palavra final para os cinemas Zon Lusomundo: quebrar um filme de 79 minutos, filmado em 'tempo real', com um intervalo de 7 minutos é de uma estupidez inqualificável.

Carnage, França/Alemanha/Polónia, 2011. Realização: Roman Polanski. Com: Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz, John C. Reilly.

4 comments:

Ana said...

Desta vez não estou de acordo contigo. Gostei muito do filme, não só dos actores (destaco o Christoph Waltz, que é brilhante) como também do argumento. Brilhante!

Unknown said...

Eu gostei do filme. Só me pareceu que há situações forçadas,que 'estereotipam' um pouco as personagens.

Ana said...

Para mim parte do brilhantismo está exactamente no facto de as personagens irem assumindo diferentes posturas de acordo com a situação. Ninguém é o que parece ou quer parecer.

Unknown said...

Sim, isso é totalmente verdade. Mas eu algures deixei de acreditar totalmente nas personagens, principalmente no casal Jodie Foster/C.Reilly. E tive cedo de mais a sensação de que já estava tudo visto, e comecei a "sentir" os argumentistas.
De qualquer modo acho que gostei mais do que o que deixei transparecer. E é filme para rever em dvd.