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24.2.12

A Dama de ferro


Ainda vai o filme no início quando, depois de uma 'perigosa' escapadela à mercearia da esquina, iludindo os seus guardas, a idosa, já desmemoriada e vagamente demente Margaret Thatcher é repreendida pela filha. Thatcher olha para ela e diz-lhe algo como 'o que estás aqui a fazer, com a tua idade eu queria tudo menos estar agarrada às saias da minha mãe'. A dureza com que trata a filha, que está preocupada com ela, a sua incompreensão por a filha estar ali e não a 'viver a sua vida', resumem a sua personalidade dura, individualista, resoluta.

E eu achei logo aí que este filme valia a pena. Aliás todas as cenas da Thatcher idosa, às voltas com o fantasma do seu marido, com os seus fantasmas, são muito boas e Meryl Streep é nada menos que brilhante. As cenas quando o filme anda para trás também não são nada más, rápidas, sem grandes pormenores, perdendo-se apenas um pouco mais de tempo com a questão das ilhas Falkland , mas dando não obstante um bom retrato de Thatcher e da sua época. Mesmo se, tal como sucede em 'Edgar', também aqui o retrato seja mais lisonjeiro do que talvez pudéssemos supor.

Resumindo: segundo bom biopic deste (início de) ano. Quem diria.

The Iron Lady, Grã-Bretanha, 2011. Realização: Phyllida Lloyd. Com: Meryl Streep, Jim Broadbent, Iain Glen, Harry Lloyd, Anthony Head, Olivia Colman, Richard E. Grant.

6 comments:

Lia Ferreira said...

Também acho. Isso tudo! (à excepção da comparação com o Edgar, que não vi e cheira-me que não vou ver...) :)

Unknown said...

Imitando aqueles sites que sugerem 'se gostou de X também gostará de Y', eu diria que se gostaste da Iron Lady também gostarás do Edgar :)

Ricardo Gross said...

Eu gostei do Iron Lady e não gostei do J. Edgar... Só para baralhar a lógica. Se os dois objectos assentam bastante na performance dos protagonistas, é de notar que com a Meryl tudo o que é postiço desaparece e só estamos ligados à "pessoa" dela (Thatcher), e que o inverso sucede com o DiCaprio. Hélas.

Unknown said...

Era uma brincadeira, claro que não é assim tão linear.

Mas se a grande Meryl Streep está uns furos acima do Leozito, também o Clint está uns furos acima da Phyllida Lloyd (gostei mesmo do ritmo imprimido por aquela montagem paralela). Enfim, continuo a preferir o Edgar.

Lia Ferreira said...

Recuso-me a ver filmes com o Di.

:)

...pronto, estava a brincar.
Mas pouco.

Meryl forever! Amén!

Unknown said...

O homem tem melhorado bastante!